sábado, 18 de agosto de 2012

ANGÚSTIA dilaceradora

Ás vezes fazemos pedidos a Deus, que depois de um tempo nos damos conta do arrependimento.
 Será que Ele nos atendeu? Ou será que apenas está testando a nossa fé, preparando um novo caminho, tecendo uma manta que verdadeiramente irá nos aquecer?
 Tenho me encontrado em momentos de profundas angústias, pedindo um remédio que alivie a dor, mas este, por sua vez causa outros efeitos colaterais de comparável   amargura.
Por vezes penso e desejo criar um jardim, outras vezes penso em ir pro Alasca e congelar meus sentimentos, depois me lembro de que odeio frio, prefiro o calor do sol das manhãs cinzentas;
 Não sei o quero de verdade, mas sei o que não quero: me ver nessa angústia dilaceradora.
Tenho a visão de que nada mais pode ser feito, mas o pesar por não poder mais é egoisticamente um tormento. Tenho medo de não saber pedir, mas ser atendida assim mesmo!
Por vezes dou 20 passos para frente, sem olhar pra trás; de repente com um apenas, me desarmo e desabo,  nessa angustiante vontade de pedir ao tempo que volte atrás, e que tudo seja como antes e que a tempestade não aconteça. Me frusto mais uma vez por saber que a roleta do tempo não gira em sentido anti-horário, o jeito é seguir rumo as tempestades, levando um guarda-chuva maior e mais resistente, se é que isso é possível!








(Rosilene S. Oliveira- agosto/2012 - imagem google)