quarta-feira, 4 de abril de 2012

Um Paraiso em Curitiba- Paraná

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Um belíssimo teatro em forma de vidraças. 
 Que lugar poderia ser mais apropriado para que os personagens troquem suas máscaras?  A vida é um grande teatro, onde não se permite ensaios, e é nela onde vemos todas as máscaras cairem!

(Foto: Ópera de Arame. Arquivo Pessoal/ Novembro-2012)

Uma Carta de Amor Especial

                                                    

                                  Carta de Busca e Encontro


            Venho nesse momento reportar-me a ti em nome de um sentimento novo, ora bom... ora terrível: A Saudade!
            Os dias vão passando e ela vem crescendo, tomando uma grande proporção aqui dentro do meu peito! É horrível a sensação de estar de mãos e pés atados! Assim sendo busquei um caminho para tentar amenizar isso. Lembra quando lhe perguntei como agir diante de um fato assim? E você disse não saber! Pois bem, fui convidada a participar de um retiro, onde buscamos respostas para as nossas aflições, através da oração! A Escritura Sagrada é o nosso manual de sobrevivência, mas assim como uma bula de remédio, é preciso ter sabedoria para interpretá-la! Vou lhe contar a experiência que tive nesse processo, espero que se inspire nele, pro conforto do seu coração! LEIA COM ATENÇÃO E PACIÊNCIA!
          Estava eu com meus pensamentos, envolta em uma solidão consumidora, sufocante, que dilacerava o peito, podia perceber o sangue minando por entre os poros, quando de repente se aproxima de mim uma Pessoa, da qual muito já tinha ouvido falar, mas que jamais pensava que um dia poderia estar ali, à minha frente e mais, se importando com a minha dor!
_ Por que estás aqui? _ Perguntou Ele serenamente.
_ Tenho muitas perguntas e dores, como todos aqui. _ Respondi.
_ Mas qual é a Sua dor? E Perguntas? _ Perguntou curioso.
_ Meu coração está sangrando, não vê? Minhas mãos e meus pés estão atados. Não sei como fazer para não me sentir tão só como estou me sentindo. _ Respondi em desespero!
_ Qual a razão da sua dor? Por quem sofres? Por que sentis amarrada? O que faz de sua liberdade que conquistastes? _ Perguntou.
_ Você me faz tantas perguntas, e eu estou aqui em busca de respostas! Mas digo-lhe: Conheci um homem, pensava ser o elixir da felicidade, o bálsamo da alegria, as asas para altos voos. Mas ele, com suas próprias asas alçou voos muito distante, deixando um vazio tão grande; e minhas asas não são fortes o suficiente para ir até ele. A espera é longa e o retorno incerto, não sei se sente por mim o mesmo que sinto por ele!
_ O nome disso é paixão! _ Constatou.
_ Não, o nome disso é Amor! _ Conclui.
_ Pois bem, o que seria capaz de fazer por esse amor? _ A pergunta foi uma sondagem.
_ Tudo! _ Respondi segura de mim.
_ Tem certeza? Seria capaz de viajar kms pra estar com ele? De perdoar um erro? De esquecer uma ofensa? De ir ao céu buscar-lhe uma estrela? Faria tudo para vê-lo feliz! _ A pergunta presumia respostas óbvias.
_ Sim, sim, mil vezes, sim! Como não faria? E sei que ele também faria por mim! _ Eu parecia bem segura.
_ Concordo! São traços que quem está apaixonado! Por esse passageiro, entregaria sua vida? _ Foi incisivo!
_ Não! E ele não é um passageiro, é o motorista! _ Retruquei.
_ Eu sou o único Motorista, todos são passageiros! Somente Eu posso conduzi-los aos melhores lugares! Como vê, seu "amor" é breve, sua fé é pouca! Seria capaz de dar a vida por seus filhos? Trocaria a sua pelo seu filho morto? _ Suas palavras começavam a me assustar.
_ Eu daria a minha vida pelos meus filhos! Mas como sabe do meu filho morto! _ Assustei-me.
_Sei muito sobre você! Por isso estou aqui! Já ouviu falar muito de mim, já me viu tantas vezes, então sei de você! _ Foi seguro de suas palavras.
_ Eu ouvi falar do Senhor sim, mas nunca nos falamos! _ Estava surpresa agora.
_ Está com seu amado a todo tempo? _ Perguntou.
_ Não!!! Muito pouco! Por isso a saudade!_ Triste.
_ E por que diz que o ama, se não o vê? È um estranho pra você! _ Tentava entender-me.
_ Não o vejo, mas nos falamos sempre! Trocamos cartas, telefones, fotos... _ Um leve sorriso de lembrança.
_ Não entendo, ele está dentro do seu coração e nos seus pensamentos, então por que sofre? Por que sente solidão? _ Perguntou.
_ Sinto falta do toque, do cheio, dos carinhos, da voz..., da presença física! Sou humana, sou uma mulher, tenho desejos emocionais e carnais! _ Expliquei.
_ Você tem escolhas! _ Senti a proposta no tom da sua voz.
_ Sim. Sei que tenho! Escolhi esperar por sua volta, por isso estou aqui, em busca de fortaleza, diante dessa dura espera! _ Disse-lhe.
_ Será que ele também espera por você? Será que você é pra ele o mesmo que ele é pra você? Será que ele é merecedor desse coração tão cheio de amor e de bondade? _ Questionou-me insistente.
_ Eu não sei!!! Por que tantos porquês??? Estou em busca de respostas. Não sei o que devo fazer! Meu coração dói e não sei como fazê-lo parar de doer! Sou uma mulher forte, valente, decidida, vivida! Já carreguei muitas cruzes ao longo da vida! Já fui crucificada por quem deveria me proteger, apoiar! _ Aos prantos.
_ Comigo também foi assim! _ Lembrou cabisbaixo.
_ Mas me sinto frágil diante de coisas do coração! Não gosto dessa sensação! Já rezei tanto a Jesus pedindo que transformasse o meu coração de manteiga em coração de pedra, mas Ele não me atendeu! _ Lastimei.
_ Ele não lhe dá o que pedis, mas o que mereces! Só ele sabe o que é melhor pra você! Seu pedido foi improcedente. Seu coração é nobre e por isso se encantam por ti. Essa é sua luz! Você é como a Lua, com suas fases variadas! As pessoas veem, a princípio, aquela que mais lhe agrada. É mais cômodo! Somente os nobres podem alcançar o poder de uma lua por inteiro. Isso quer dizer algumas pessoas não estão preparadas pra pertencer ao seu coração. Por isso, não o entregue a preço da não solidão, mantenha a porta entreaberta, mas não escancária. Às vezes, você poderá se sentir muito mais solitária tendo alguém dentro do seu coração do que fora dele. É como se sentir sozinho em plena multidão! _ Bela reflexão.
_ Brincamos de nos tratar como o Sol e a Lua, gosto desses astros de luz que acentua o dia e causa surpresa na noite! Esperamos pelo eclipse, mas será que teremos que viver como esses astros? Sempre longe um do outro? Sempre a espera do eclipse? _ Uma lembrança feliz.
_ Talvez! Talvez seja só isso, viverão de eclipses! Talvez não! Como seres humanos, vai depender muito das ações que vocês terão, das escolhas, das aceitações, dos esforços, dos propósitos... as barreiras vão existir, e isso é incontestável, mas transpô-las só caberão a vocês, com ações, não com passividade! A vida não foi lhes dada de graça, nem a felicidade, deves lutar por elas. Veja o que está fazendo da sua liberdade, deixando se esvair por entre seus poros em lágrimas e em sangue! Lembre-se: a felicidade dos que gostam de você, está na felicidade que você mostra ter! A dos que não se importam contigo, está na sua fraqueza, nas suas lágrimas! O mundo é dos vencedores, os perdedores são meros espectadores! _ Suas palavras esbofeteavam minha face e acalmava ao mesmo tempo!
_ Palavras feitas, provérbios conhecidos, sermões bem apropriados. Li muito isso nas Escrituras Sagradas segui algumas, e não entendi muitas delas. Agora entendo mais claramente! Mas afinal, quem é você? Além do Motorista desse Campo evangelizador? _ Perguntei incrédula.
_ Eu sou quem deve verdadeiramente amar... _ Reforçou.
_ Eu já tenho um amor! _ Interrompi.
_ Quando seus pés estavam feridos em suas duras caminhadas Eu te carreguei nos meus braços! Quando lhe vierem noites traiçoeiras, e sua cruz foi muito pesada, quando das suas perdas, Eu estava contigo! E mesmo quando todos te injustiçaram, Eu te fiz sorrir! Finalizo com a pergunta que iniciei: Pra que solidão??? Você tem a Mim, Sou eu teu Senhor e teu Jesus!!!

(Lembre-se: Eu torço por você! Nunca estará só! Estarei em seu coração!  Felicidades!)

        
Esse retiro fortaleceu-me através do poder do Espírito Santo ao qual Deus me concedeu! Prossigo até o final da Semana Santa em oração, jejum e abstinência! Sei que hoje sou e estou melhor que ontem, sei que serei capaz que transpor todas as barreiras que vierem e não mais mostrarei um coração ferido, já que não pode ser de pedra que seja enfaixado! Sei também que a vida não vale a pena, se não temos uma boa história pra contar!
Estarei lutando pelo que eu acredito, fazendo o que acho certo e garimpando a felicidade onde quer que ela esteja!


(texto de Autoria de Rosilene S. Oliveira / Arquivo Pessoal/ março-2012)

Texto: Nossos filhos


                                              Nossos Filhos!

       Houve um tempo em que eu pensava que no círculo da vida incluía nascer, crescer, reproduzir e morrer! 
        Parecia óbvio, cristalino como a água de uma fonte limpa! Tolice, essa ordem não existe, às vezes morremos antes mesmo de nascer ou de crescer; então não reproduzimos! Às vezes reproduzimos e não vemos nossa criação crescer, ora por estar longe dos olhos, ora por longe do olhar! Então nos sentimos culpados, nos anulamos por excesso de culpa, então invertemos os papéis: Voltamos ao útero de nossa criação, nos aprisionamos, então ela mais uma vez experimenta a dura sensação de solidão! A mesma de quando abriu os olhos ao nascer, e mãos estranhas e frias a acolheu sem nenhuma intimidade.  
          Sufocamos com nossa proteção, e ela não consegue buscar o ar de que precisa pra viver, pra voar! Erramos na difícil missão da paternidade! Erramos porque também o Criador de todas as verdades se esqueceu de nos entregar o manual de pais e o manual de sobrevivência, a princípio num idioma ainda desconhecido.
          Os filhos, pequenos e frágeis, se sentem perdidos no momento de sua chegada ao mundo... e nós, pais, nos sentimos também, porque ninguém nasce sendo pai, mãe ou filho. Com o tempo vamos nos descobrindo, aplicando os conhecimentos adquiridos em meios diversos, mas só o manual da sobrevivência nos indica o verdadeiro caminho a seguir: o manual da oração e do amor!
          Quando algo dá errado, colocamos as mãos na cabeça e perguntamos: Meu Deus, e agora? O que faço? Ele nos entrega o manual do Amor, encontramos as respostas. Á noite, ao pé da cama do nosso pequenino adormecido, juntamos as mãos, as mesmas que elevamos a nossa cabeça e dizemos: Obrigado meu Pai, ele está bem agora!
           Os dias vão passando, formando meses e anos, e ainda não temos todas as respostas, o filho cresce e com ele nossas dúvidas intermináveis, mas nesse momento já não somos mais estranhos um para o outro, nosso amor é tão grande que vamos aprendendo a sermos pais e filhos. Nosso amor cresce, na mesma proporção que eles, e ainda continuamos errando. E nosso maior erro é viver a vida deles e nos anular, o mesmo eles não fazem por nós.Então o que fazer? Como numa pescaria, entregar-lhe a vara e deixar que pesquem seus próprios peixes, apenas elogiando seu feito incrível, vibrando por cada conquista!
            Precisamos entender que temos nossos mundos particulares e quando oferecemos nossa ajuda estamos abrindo as portas para que sejam bem vindos como visitantes apenas, não como proprietários, é impossível estar em dois mundo ao mesmo tempo.
            Precisamos saber também, que nada é nosso de verdade, nem mesma a vida, tudo nos é emprestado, com seus acompanhamentos pessoas, coisas... só o que nos resta são nossos exemplos, nossas sábias palavras de experiência e conhecimento!  O que certamente levarão para suas vidas emprestadas!
             Não são nossos também os filhos que geramos, que cuidamos, que amamos... são filhos de Deus e nós... somos apenas os seus tutores!

(Texto: Rosilene S. Oliveira / março-2012)





       

Paisagens indescritíveis!



Foto: Imagen/ Pirenópolis-Go


Foto: Universidade Federal do Paraná


Foto: Auto do HSBC - Coral de mais de 100 crianças- Curitiba

                                          Foto: Igreja Histórica, centro da cidade


                              Foto: Museu Oscar Niemeyer- Inaugurado em 22/11/2002. Curitiba



                         Foto: Parque Tanguá- Simplesmente arquitetonicamente deslumbrante!
Teatro: Opera de Arame- Semelhante a Òpera de Paris - Curitiba

Foto: Arquivo Pessoal de Rosilene S. Oliveira