Sentindo
Solidão emMeio a Multidão
As
horas passam, o telefone
não toca, você liga, mas não tem resposta, o telefone chama e a secretaria diz
que está fora de área, humm!!! Onde ele está? Bate a dúvida, os fantasmas
pairam no ar, o que está acontecendo, há uma resposta convincente, pra um sim e
para o outro? Após estar cansada de esperar, eis que ele aparece todo sombrio,
na expectativa de uma bronca ou com ar de indignação com a vida, o que reforça
a justificativa do atraso, a pulga atrás da orelha faz a festa. Você ouve, já
está chateada, vai dormir. O sono é inquieto e perturbador, a insônia e os
pesadelos revesam-se na mente. No momento oportuno você vasculha em busca de
alguma prova incriminadora, qualquer DNA perdido, nada encontra, um crime
perfeito até então, você deixa passar, mas a pulguinha continua ali. A
confiança está se esvaindo. O relacionamento entra em coma, está na UTI, talvez
sobreviva.
Você busca em suas amizades uma forma de esquecer a
insegurança , mas coloca o relacionamento em pauta mais uma vez, na festa, na
roda de bar, lá está ele, o moribundo! A pessoas parecem felizes, mas você fica
pensando: sou mesmo um náufrago? Onde está o reconhecimento de tantos sins? Será
que está se sentindo só também como eu, por isso precisa de alternativas?
Ei!”Se liga”, vai esperar para tirar a prova e sofrer mais
ainda com a certeza da suspeita? Você
não precisa disso! Não mesmo! O seu sexto sentido já é o bastante para nortear
as suas angústias.
Reaja!
(Autoria de Rosilene S. Oliveira)