Mensagem Trocada –
Apenas dois aparelhos, um acaso e um adeus.
A vida escolhe o jogo, as peças desse jogo, joga sobre a mesa
do destino, então escolhe os jogadores. Roger e Luna foram os escolhidos dessa
vez. Escolhidos a jogar um jogo de cartas marcadas onde o destino já está
traçado. O jogo termina com a mesma velocidade com que os jogadores jogam. O
jogo da sedução. Foram apenas dois encontros, que marcaram a chegada e a
partida. Um breve instantes de 30 dias capaz de causar uma dor infinita e o
sentimento de derrota. O que parecia perfeito, não foi tão perfeito assim. Onde
encontrar o consolo para a falta da razão? Há muitas teorias que justificam um
fim tão repentino, como tantos fins tão repentinos, mas nenhuma delas é capaz
de curar a feridas exposta da indignação.
Através de
uma mensagem trocada por engano, Roger faz um convite a Luna, daí inicia-se uma sequência de outras mensagens
via sms, o papo flui, evolui para o chat, depois para ligações telefônicas, que se intensifica,
virando em poucos dias um hábito . Surge uma amizade, que logo é despertada o
desejo de um encontro, e promessas de muitos. “Promessas” de viagens juntos, e
fins de semana freqüentes. Roger foi um
excelente conquistador, com seus lindos olhos azuis, seu estilo esportista,
jovial , bem relacionado. Porém, algo
obscuro o segurava na incerteza, que logo o levaria às mentiras, aos
descompromissos, aonde ainda havia um nó
a ser finalizado.
As conversas
diárias ,atenciosas e carinhosas, levaram Luna a imaginar que finalmente o amor
estava batendo à sua porta. Bateu, mas com tanta força que assustou. O rapaz
não soube administrar a carga de afeto que recebera de Luna, para ela isso
deveria ter sido visto com maturidade
que a idade lhes conferem, não foi assim, Roger abandonou o barco ainda em alto
mar, e Luna deve que navegar de volta até o porto, sem entender a verdadeira
razão dele ter interrompido a viagem.
Luna teve
que aceitar a única explicação dada, ilógica, aparentemente. O homem doce e
gentil, devoto fervoroso de sua religião, seguiu seu caminho sem olhar pra
trás, dizendo apenas que tinha coisas pra resolver.
Então qual
foi o alimento desse breve relacionamento? Curiosidade, comodidade, companhia,
desejo, afeto, nada mais, faltou o principal: O querer! Um desejo mútuo, de construir uma história
que poderia ter sido um exemplo de superação.
Mas uma história de amor não se escreve apenas por um.
Tão rápido como começou, também terminou, com o mesmo
aparelho que disse olá, disse adeus, vulgarmente conhecido como, “dar um
tempo!” Dar um tempo pra esquecer, pra
semente morrer, sem água sem adubo, se nada.
(Rosilene Oliveira/ julho/2013 - imagem google)