sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Abro lentamente as cortinas dos meus olhos.




                   O sol sempre brilha, mesmo em dias de inverno!
                  Muito valeu ter trocado as lâmpadas dos meus olhos.
 Abro lentamente as cortinas dos meus olhos e contemplo uma luz brilhante, leve que não cega, deixo passar por mim, pequeninos raios de sol, tocando suavemente minha pele por alguns minutos, tão breve que não chega  a queimar.
          Por vezes os raios fortes do sol queimou a minha pele, e incendiou o meu coração, com tal voracidade que logo se apagou, com a mesma intensidade com que começou. 
         Tal qual um cristal quebrado, o coração se quebra, se estilhaça, os cacos ficam espalhados pelo caminho e o sangue jorra. Depois vem o tempo com sua vassourinha mágica, varre os cacos, seca o sangue, junta os pedaços, permitindo uma metamorfose. Fica o aprendizado: de que não adianta brigar com o tempo, isso só causa mais sofrimento. É preciso entender, aceitar e esperar nele. Pensar que é urgente ser feliz a qualquer custo, é o meio mais rápido de sofrer. O que tiver previsto na nossa linha do tempo, certamente acontecerá, não adianta fugir disso! 
         Estou no tempo das esperas, ainda! Cada dia compreendendo que caminho a percorrer é mais importante que destino, o que vale é o movimento, o dinamismo. Assim me permito sentir, cada raio de sol que toca minha face, abrindo e fechando as cortinas para senti-los um pouco a cada dia e apreciando os efeitos que causam, como renovar a máquina que pulsa. E assim lentamente vou colecionando momentos de emoção e expectativas do que cada novo amanhecer poderá trazer! "Ando devagar, porque já tive pressa, e levo esse sorriso, porque já chorei demais, cada um de nós compõe a sua história e carrega o dom de feliz!"
          Não é sábio ficar na estação observando todos os trens passarem, sem que sejamos passageiros de alguns deles!


     Publicação: Rosilene S. Oliveira/07/09/12- imagens google/ reflexotrocandoimpressoes.blogspot)