quinta-feira, 12 de abril de 2012

Diário de uma anônima





 

                                                                              
SINTOMAS DE TRABALHOS EXCESSÍVOS  - SOBRECARGA.

         Nosso corpo é uma verdadeira máquina, cheia de engrenagens,  cada uma com sua função. Assim como as máquinas, ele precisa de cuidados, de regulagens.
       Ao longo dos anos vemos os problemas surgindo e sendo preciso serem resolvidos por nós, nos vangloriamos por encontrar forças e sermos capazes de resolver tudo sozinhos, e então nos sentimos SUPER-HERÓIS, SUPER-MÁQUINAS, e assim os outros também nos veem e nos trazem seus problemas para que também os resolvamos, e como qualquer herói, negar jamais. Assim a máquina humana começa a dar panes: um lapso aqui, uma tonteira ali, uma fadiga acolá e os braços começam a ficar pequenos pra abraçar um mundo tão grande, quisera fosse um mundo de algodão, mas há pedras também.
        Há 13 anos ininterruptos assumi esse papel: esposa, dona de casa, mãe, professora, “sócia de bancos, mercados e lojas”, tudo isso acompanhado de muitos problemas e cadê uma mão estendida efetivamente? Não, ao contrário, muitos espectadores de um naufrágio. Vi pessoas morrendo e matando por causa dessas panes, resolvi salvar a minha e a de outros. O trânsito tem sido meu maior fantasma, estou com o "stress" aflorado, sinto depressiva, é uma sensação ruim, uma sensação de quase morte, quando a mente pede e o corpo não obedece, o corpo é comandado pelo cérebro que está em pane, estou em busca de ajuda, os remédios me deixam dopada, com o sono irregular, o humor alterado, ansiedade aflorada, dificuldade de concentração e de resolver problemas aparentemente fáceis. Estou fragilizada  à mortes, principalmente de conhecidos, penso que poderia ser eu a vítima e/ou a causadora. Este  foi um ano de muitas conquistas importantes, mas não estou conseguindo viver tudo isso com tranqüilidade. Tenho buscado alternativas pra me sentir melhor: pintando, caminhando, nadando, freqüentado aulas de dança, não estou entregue a doença, mas me sinto fraca, muito fraca. Fisicamente só há dor de cabeça, nada mais.  Quando olho no espelho me pergunto: Quem é essa ai? Onde está EU? Sinto que há outra pessoa neste corpo, espero que o tratamento resolva meus problemas, quero muito melhorar, ser EU de novo.         Quero começar uma vida nova, respirar outros ares, conhecer pessoas novas e lógico, viver novos problemas, pois eles, nunca deixarão de existir.

                      (Texto de Autoria de Rosilene S. Oliveira)

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Rosilene Oliveira