Chega
o inverno, e com ele a dor da saudade, o corpo reclama a presença do calor de
quem se ama. É sempre tão frio, tão triste, as lágrimas já não se detém e
desabam face abaixo. A pele queima, deixando no rosto o ardor das lágrimas secas.
Nos lábios o som da voz não sai, mas os olhos em contínua lacrimejação murmuram
coisas que só o coração pode compreender.
Na solidão dos dias infindáveis de
tristeza, a ânsia angustiante de um sorriso de doçura, de meiguice,
convidativo, só um ainda que breve e minguo, mas apenas um que do além
trouxesse uma razão para se esperar o futuro, o dia seguinte, sem o medo de se
estar só, mais e mais se fizesse presente. Contudo vejo todas as portas se
fecharem para mim.
(Texto: Rosilene S. Oliveira/ 2000. Imagem google)
(Texto: Rosilene S. Oliveira/ 2000. Imagem google)
Seu texto é triste mas poético. Transmite ao leitor a sensação de luta pela sobrevivência que está sempre nos nossos horizontes.
ResponderExcluirParabéns pela postagem.
Obrigada pela visita!
ExcluirAbraços!
Muito lindo isso. Parabéns.
ResponderExcluirObrigada por sua visita!
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